Nutri interview

Nutri interview

Como prometido, hoje apresentamos com muito carinho a nossa primeira entrevistada:

Perfil

Nome: Mirele Savegnago Mialich Grecco

Formação: 2007, FMRP-USP-RP

Entrevista

1-      Você se formou recentemente, qual a sua visão sobre as áreas da nutrição no mercado de trabalho?  

Eu sempre atuei na área clínica, mas vejo que em UANs existem muitas oportunidades. Em Ribeirão Preto, especialmente, acredito que áreas como UANs, tanto em hospitais e restaurantes, e a nutrição esportiva, em academias e clubes, são bastante promissoras.

2-      Quais as áreas, além da clínica, você já trabalhou? E qual área você se interessa, mas por algum motivo não teve alguma oportunidade de atuar?

Eu já atuei como Personal Diet, sendo esta atividade bem rentável, possibilita um horário flexível  e um acompanhamento nutricional próximo e rigoroso dos pacientes/clientes, porque temos a oportunidade de freqüentar a casa destes e observar de perto os seus hábitos alimentares, entretanto, por lado, não há uma segurança ou estabilidade, pois por ser um serviço um pouco mais oneroso, é possível que alguns pacientes não consigam sustentá-lo por um longo período de tempo. Gosto muito da área de Saúde Pública tanto pela postura voltada para prevenção como também pela possibilidade de concursos públicos, porém nunca atuei tão diretamente nessa área.

3-      Você acha que fazer mestrado é importante para o nutricionista? Foi difícil conseguir bolsa? Com é o processo?

Sim, quanto mais especializações o profissional tiver mais ele será valorizado no mercado de trabalho. No meu caso, o mestrado e doutorado foram uma continuidade do tema que eu já havia trabalhado na minha iniciação científica. O meu mestrado foi voltado para o desenvolvimento de um novo índice ajustado pela massa gorda, capaz de corrigir as limitações do IMC, especialmente por não diferenciar massa gorda e massa magra e assim não detectar os “falsos magros”. Agora no doutorado estou buscando validar este IMC ajustado para que este possa ser adotado na prática clínica possibilitando um diagnóstico nutricional correto dos indivíduos.

4-      Como é o dia-a-dia no seu trabalho?

Atualmente atuo em um plano de saúde na cidade de Ribeirão Preto e Sertãozinho. Realizo atendimentos nutricionais individuais de acordo com uma agenda pré-estabelecida. Sou uma profissional autônoma e estou no plano há cerca de 3 anos. Acredito que o profissional nutricionista já esteja conseguindo ganhar o seu espaço (após a Legislação da ANS), uma vez que os demais profissionais da equipe já estão mais acostumados com nossa presença e sabendo reconhecer a importância do nosso trabalho no atendimento multiprofissional. Paralelamente, eu estou terminando meu doutorado na USP-RP e tenho coletados dados para a minha pesquisa.

5-      O que você acha do salário-base de um nutricionista?

O salário-base é pouco. Há uma proposta para o seu aumento tramitando, mas ainda não foi aprovada. Mas o importante é sempre priorizar as especializações para gerar qualificação profissional e conseqüentemente melhorias salariais.

6-      O que você acha do curso/faculdade em que você se formou? Qualidades/Críticas.

Eu adorei, foi o melhor de todos!! (rsrs) Minha turma foi a primeira e por isso nos deparamos com muitas “situações experimentais”, mas certamente, o grande diferencial do nosso curso é o enfoque para a área clínica, caracterizado pelo “Metabolismo” em seu nome e a extensa carga horária no Hospital das Clínicas. Apesar desta ênfase, o curso possibilita uma formação completa nas demais áreas da Nutrição, como: Saúde Pública, Unidades de Alimentação e Nutrição, Esportes, etc.

7-      Como você acha que o curso é visto no mercado de trabalho?

É muito bem visto, ao compararmos com outras universidades vemos que o curso é bem completo.

Mirele, queríamos muito agradecer sua participação e atenção!

Pessoal comentem, tirem suas dúvidas,opiniões,sugestões...